Paseo por la jungla... de asfalto 12/01/2012

Durante nosso planejamento de férias, na vasta pesquisa que fizemos sobre o Chile, lemos sobre a troca da guarda chilena no Palácio de La Moneda. Por mais que procurássemos não encontrávamos referências sobre os horários, apenas links divulgando o lugar que aconteceria. Com esse punhado de informações partimos em direção ao local. Acordamos cedo, arrumamos tudo e tomamos café correndo. Tudo para ver o espetáculo patriota chileno.

Corre pra cá, corre pra lá, pesquisa no GPS para saber onde fica o lugar... para no final saber que o raio da troca da guarda acontecerá no dia seguinte. Sacanagem ! Acelerei a patroa, empurrei as crianças, me estrepei todo carregando a Ciba na carcunda e a parada vai ser no dia seguinte.


Tudo bem, sou brasileiro e não desisto nunca! Eita frase cretina! Como líder dessa excursão frustrada precisei encontrar uma forma de distrair a galera para não ser linxado depois de tanta pressão que fiz. Olha o Bielzinho (boladinho da estrela), aí em cima, com cara de bicho preguiça caído da árvore.

Aproveitei o eterno bom humor da Ciba para tirar fotos... Ah muleke! Foi foto com cachorro, foto de pombo, foto de chafariz, nem o guarda conseguiu escapar da foto. Sabe a imagem que inicia essa postagem? Pois é, fiz de tudo para o guarda sorrir, mas não consegui. Pelo menos ele não me apontou o fuzil dele. Olha o tamanho do cachorro de rua da foto ao lado. Eles chamam os bichinhos de "quiltros" por aqui. Na tradução seria o mesmo que os nossos "vira-latas". Um detalhe bem interessante é que mesmo tendo tantos "quiltros" espalhados pela cidade ela continua limpa. Não consegui ver um "caco de vidro animal" na rua. Tem cachorro de tudo quanto é raça, até Husky Siberiano anda solto.

No meio da Plaza de Armas há vários artistas populares. Os mais comuns são os caras que escrevem o seu nome em um grão de arroz e os desenhistas. Como esse lance de grão de arroz não dura muito porque são pequenos e fáceis de serem perdidos resolvi chamar um desenhista para fazer uma caricatura nossa. Olha como ficou bonitinha. Não tive a oportunidade de colorir ainda. Na verdade, gostamos tanto que vamos emoldurar e colocar em alguma parede lá em casa. O desenho saiu por $5000 pesos, aproximadamente R$20,00. Não entendi por que ele colocou o Bielzinho com esse beiço de negão e eu com um queixo de faraó. Mas a Marcia com cara de metidona e a Ciba linda ficaram perfeitas. kkkk!!! O Bielzinho ficou parecendo uma versão mais jovem do Seu Madruga e a Marcia com a Feiticeira. kkkkk !

Bem, depois disso tudo resolvemos que iríamos ao zoológico conhecer os bichinhos que falam espanhol. Pois é, essa é a única diferença entre ir ao zoo do RJ e ao de Santiago. Ah não, tem mais diferenças sim. Aqui em Santiago vc precisa andar pra cacete, subir vários morros, andar de funiculí, funiculá (Funicular) e aí sim você chega no zoo. Ufa! ISSO TUDO COM A PESTE DA CIBELLE NA CARCUNDA !!! PQP! Uma coisa legal foi que no caminho encontramos uma cara que estava passeando com a sua llama. Rolou um aluguel de llama por $3000 pesos para que eu tirasse fotos com a minha câmera. Paguei com a maior satisfação, já que não é sempre que vemos uma llma. Pena que ela não estava mascando chiclete. uhauhauhau

Chegamos no zoológico. Um calor dos infernos. Só podíamos subir usando o tal funiculí funiculá. Enfrentamos uma pequena fila de 30 minutos (eita povo sem opção) e entramos na máquina. Apesar das brincadeiras, é um passeio muito legal (quando não se tem que carregar a filha na carcunda) para se fazer com a família. Vimos quase todos os bichinhos. O tempo muito quente não ajudou muito e o "boladinho da estrela" e a "mamãe cara de feiticeira" pediram arrego. Voltamos para a estação do funiculí funiculá para descer, só que para descer precisamos subir primeiro. huahauhua... vc tinham que ver a cara da dupla dinâmica arrasada. O pior é que tinha muito mais coisas para se ver lá em cima, só que eles estavam tão chatos por conta do calor que descemos na mesma hora que subimos.

Almoçamos bem. Comemos um prato chamado Lomo a la Pobre. É o equivalente ao Bife à cavalo que temos no Brasil. Muito bem servido e o restaurante tem um atendimento muito bom, apesar de ser bem humilde. O garçom foi muito bacana e nos deu várias dicas de pontos turísticos da região. Entre eles, a casa de Pablo Neruda. Lugar legal, bem refinado e repleto de poesias espalhadas pelas paredes e suvenires expostos.

Nosso dia meio que acabou por aí porque estávamos muito cansados por conta do calor que fez em Santiago nessa tarde. O resto do dia foi andando de metrô para voltar para o hotel seguido de uma breve parada na galeria Santo Antonio para comprar umas roupinhas para a Marcia.

Amanhã é dia de ver a troca da guarda e depois ir para Valparaíso. O dia promete !

Beijos a todos !